A depressão (às vezes também chamada ‘transtorno depressivo maior’ ou ‘depressão maior’) é um dos transtornos mais comuns encontrados por profissionais de saúde mental. Sintomas costumam incluir: tristeza frequente, mudanças de apetite (para mais ou para menos), sentimentos de culpa, ansiedade, insônia ou sonolência, perda de autoestima, falta de concentração, indisposição e cansaço, isolamento social, dentre outros. Apesar disso, a falta de informações e o estigma social relacionados a ela costumam prejudicar a busca por ajuda adequada.
De acordo com um estudo de Bromet, entre diferentes países e culturas, as estimativas de prevalência dos transtornos depressivos ao longo da vida já era maior do que 10% em 2011, o que é bastante preocupante, tendo em vista que agora temos esse problema significativamente aumentado por conta das consequências da pandemia de 2020.
Além disso, a depressão costuma aumentar o risco de ataques cardíacos e é mais comum em pessoas com problemas crônicos, como obesidade, asma, diabetes, câncer, doença cardiovascular e artrite.
Hoje, por exemplo, já sabemos que episódios depressivos graves são associados também a índices mais elevados de dependência e abuso de substâncias, como álcool e drogas, do que entre pessoas sem esses episódios, o que eleva o problema de seu aspecto individual para o aspecto social.
Olhando mais de perto, estudos sugeriram que alguns tipos de abordagem em psicoterapia, especialmente o modelo interpessoal e o cognitivo, podem ser superiores, ou no mínimo equivalentes, a tratamentos medicamentosos para depressão. Outros estudos sugeriram ainda que diferentes técnicas psicoterapêuticas têm resultados equivalentes, sendo o fator mais importante o conhecimento do psicoterapeuta.
Em geral, tratamentos adaptados a cada paciente (que incluem outras técnicas específicas para diagnósticos coexistentes) são superiores aos tratamentos não adaptados (que usam do mesmo material para todos os pacientes) com depressão grave. Para tais situações, a psicoterapia de abordagem integrativa costuma ser eficaz. Em alguns outros casos, somente a combinação de psicoterapia e medicação pode ser mais indicado.
Todos esses dados, afinal, revelam a gravidade do problema. É por isso que, quando em depressão, a pessoa deve buscar ajuda psicológica imediatamente. Busque ajuda com um profissional qualificado.
Psicólogo Márcio Benito
CRP 06/69088
São Paulo/ SP – Alto do Ipiranga.
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1 – Bromet et al., 2011, Cross-national epidemiology of DSM-IV major depressive episode; BMC Medicine, 9, 90.
2 – NIMH, 2006; Strine et al, 2008; Chapman, Perry e Strine, 2005. The vital link between chronic disease and depressive disorders.
3 – Substance Abuse and Mental Health Services Administration [SA-MHSA], 2008.
4 – De Rubeis, Gelfand, Tang e Simons; 1999. Quilty, McBride e Bagby, 2008; Luty S. E. et al. 2007.
5 – Peeters et al. The clinical effectiveness of evidence-based interventionss for depression, 2013.
6 – Quilty, McBride e Bagby, Evidence for the cognitive mediational model of cognitive behavioral therapy for depression, 2008.
7 – BARLOW, David H., Manual Clínico dos Transtornos Psicológicos, Artmed, 5 Edição, 2016.
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